Por Camila Konrath

A velocidade da troca de informações é um dos aspectos tecnológicos que mais assusta as pessoas desde o boom da internet. Atualmente, essa possibilidade virou uma realidade que dura o tempo todo: estamos 24 horas por dia conectados. E o que mais poderemos esperar desta suficientemente intensa relação com as tecnologias?

Parece um universo distante, mas ainda nem faz 10 anos que nossos aparelhos celulares ainda serviam quase que exclusivamente para efetuar ligações. O que surgiu desde 2007 com o lançamento do primeiro iPhone, quebrando a lógica operacional dos celulares, mudou nossas vidas e a forma como lidamos com as mídias. Esta e outras histórias são a base que a vice-presidente de Jornais e Mídias Digitais do Grupo RBS, Andiara Petterle, introduziu aos alunos do curso Go Code contando os caminhos da internet na palestra “Tendências Digitais 2016”. O cerne da questão surgiu logo após a retrospectiva: afinal de contas, qual a perspectiva a partir de agora que a internet pode ser acessada do seu bolso?

Andiara trabalhou no início do uso da internet, no site de busca Cadê e começou sua relação com ela quando, na verdade, ainda não havia muito a ser buscado na web. “Como chegar ao consumidor que não assiste mais a TV aberta com os intervalos comerciais estrategicamente colocados na grade de programação? O que se vê hoje é um alto consumo de vídeos, tanto em redes sociais como diretamente em sites como o Youtube, e o seu consumo abre portas para a invasão da publicidade nesta área. As marcas precisam produzir conteúdo relevante onde o público está agora”.

Este é o sinal imediato de uma nova necessidade, quando as marcas viram publishers para atrair a atenção do consumidor para fidelizá-lo e manterem-se relevantes. A forma de fazê-lo ainda é beta, ou seja, está em fase de transformação e desenvolvimento, ela afirma algumas coisas nas quais estamos acostumados que irão mudar, como o formato dos vídeos e a forma como consumimos os novos conteúdos. O jornal? Este crescerá em sua forma online e se sustentará sendo pago, um diferencial entre outros textos encontrados na internet, pois trata-se de conteúdo qualificado. Transformações à parte, Andiara deixa a dica: contar histórias na internet é um formato imune a *adblocking e, convenhamos, uma boa história é sempre uma boa história, não é mesmo?

*Adblocking: extensão filtradora de propagandas para navegadores diversos como Firefox, Chrome, Opera e Edge.